quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

A metáfora do bordel

Nadir Afonso - Bordel

No dia da morte de Nadir Afonso não escolho, para acompanhar o post, nenhum daqueles quadros onde o espaço - fundamentalmente, o espaço urbano - é reinventado, e dos quais muito gosto. Prefiro este, um quadro que posso ler como uma metáfora social. Não apenas porque o carácter das pessoas é corroído e prostituído pela vida social, mas porque no bordel encontro a essência da sociedade de mercado. Desde que haja dinheiro, a liberdade de escolha das mercadorias parece ser ilimitada. Na metáfora do bordel, descobrimos aquilo que os nossos dias entendem por liberdade. E é esta liberdade que é o motor central que faz girar o mundo actual.
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Nota: para quem quiser aceder a algumas reproduções da obra de Nadir Afonso, deixo o link para o seu blogue Espacillimité. Vale a pena.

2 comentários:

  1. Do arquitecto que detestava a arquitectura ao pintor que vivia a pintura.
    Obrigado pelo link.

    Abraço

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