terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Impressões (XVIII) - nada se abre ao olhar

Paul Cezanne - View of Auvers-sur-Oise (1873)

xviii. nada se abre ao olhar

nada se abre ao olhar
nesse lugar tragado pela cor
perdido na luz
que arde ao amanhecer

o desejo mais frágil
seria ainda excesso e mágoa

resta-me o sopro do vento
que rasga o peito
e semeia os campos
onde pastoreio a solidão

(21/10/2009 - recuperação do ciclo Impressões do meu antigo blogue averomundo)

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