terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Um tronco cortado

Jean Dieuzaide, Vacances dans ma maison, cytologie, 1975

Olhamos para o tronco cortado e, no lugar de vermos o trabalho da morte, descobrimos o fascínio de uma geometria que nos faz imaginar símbolos que remetem para mundos desconhecidos ou sinais de um segredo que, sem sabermos porquê, sentimos que queremos desvendar. A morte na figura do animal, com a putrefacção da carne e do sangue, causa-nos nojo e horror. A morte no mundo vegetal acorda em nós sonhos e desejos que nos conduzem ao louvor da vida.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.